BIOGRAFIA DA PRINCESA ISABEL
A Princesa Isabel
nasceu, a 3 de Maio de 1764, em Versalhes. Ficou órfã aos três anos de idade. Tinha
uma paixão pelos estudos, revelando-se particularmente dotada para as
matemáticas. Dentro da Família Real, conseguiu sempre ter muito boas relações
com todos. Cedo percebeu que não se casaria e que não era chamada à vida
religiosa, ao contrário da sua tia Louise e da sua prima Louise Adelaïde de
Condé, futura Abadessa de Remiremont e, mais tarde, de Saint-Louis-du-Temple.
No entanto, decidiu doar a sua vida à oração e a aliviar os pobres tanto quanto
os seus escassos recursos o permitissem. Conseguiu pôr isto em prática na sua propriedade
em Montreuil, que o Rei lhe tinha dado em 1781. A sua vida de oração ali era regular
e estruturada, guiada pelo Padre Madier, o seu director espiritual. Juntamente
com o Dr. Le Monnier, tratou graciosamente os pobres. A sua reputação de
bondade espalhou-se.
Assim que os primeiros acontecimentos revolucionários ocorreram, decidiu
oferecer a sua vida para apoiar os seus familiares. Também se recusou a partir
em várias ocasiões. Depois da partida do Padre Madier para Roma, para
acompanhar as suas tias, escolheu o Padre Edgeworth de Firmont, que não estava
sujeito à Constituição Civil do Clero, como seu director espiritual. Permanecer
em comunhão com o Papa era essencial para ela. Em 1790, durante a celebração do
voto de Luís XIII, fundou uma confraria, com as suas damas, dedicada ao Imaculado
Coração de Maria, a fim de rezar pela França e apoiar os pobres. Após a
Revolução, duas das suas damas juntaram-se às Filhas do Imaculado Coração de
Maria e fundaram a obra que viria a tornar-se o Liceu Carcado-Saisseval (a
partir dos seus nomes).
Partilhou com o Rei, a Rainha e os Infantes todas as jornadas revolucionárias,
fazendo-se mesmo passar pela odiada Rainha durante a primeira invasão do
Palácio das Tulherias, a 20 de Junho de 1792. Foi presa na Torre do Templo. Foi
ela que disponibilizou a Luís XVI o Padre Edgeworth, que devia celebrar a Missa
e acompanhá-lo até ao cadafalso. A sua vida de oração tornou-se intensa. Ficou
com a sua sobrinha, dando-lhe conselhos espirituais e também ensinando-a a
manter uma boa saúde mental e física. Foi executada a 10 de Maio de 1794, após
um julgamento sumário, mas não sem ter apoiado os executados com as suas
exortações espirituais cheias de confiança no Deus misericordioso e de uma fé
inabalável na vida eterna. Convence uma das damas que parece estar grávida a
chamar a atenção para que a criança que carrega não morra.
ORAÇÃO RECITADA DIARIAMENTE PELA PRINCESA ISABEL
O que me vai acontecer hoje, meu Deus, não o sei. Tudo o que sei é que não me
acontecerá nada que nunca tenhais previsto. Isso é suficiente para mim, meu
Deus, para estar tranquila. Adoro os Vossos desígnios eternos, submeto-me a
eles com todo o meu coração. Quero tudo, aceito tudo, sacrifico tudo por Vós. Combino
este sacrifício com o do Vosso querido Filho, meu Salvador, pedindo-Vos, pelo
Seu Sagrado Coração e pelos Seus Méritos infinitos, a paciência nos meus males
e a submissão perfeita que Vos é devida por tudo o que quiserdes e permitirdes.
Assim seja.
ORAÇÃO PARA OBTER A BEATIFICAÇÃO DA PRINCESA ISABEL
Deus, nosso Pai, na Vossa grande misericórdia chamastes Isabel de França a
oferecer a sua vida pelos seus no meio dos tumultos da Revolução. Animada por
uma fé inabalável na vida eterna, ela apoiou o seu povo nos seus sofrimentos e
trouxe esperança aos que morreriam com ela. Solteira, socorreu os pobres e os
doentes, apoiada por uma oração diária fervorosa. Por sua intercessão, concedei-nos,
de acordo com a Vossa vontade, as graças que imploramos. Na Vossa grande
bondade, fazei que a Igreja possa reconhecer, em breve, nela uma testemunha
autêntica do Evangelho, um modelo de celibato, assídua à oração e atenta aos
mais frágeis. Pedimos-Vos isto por Jesus Cristo Nosso Senhor. Ámen.
Queira comunicar as graças alcançadas através de info@diesirae.pt.