Uma certa resignação à cultura
dominante, mesmo no mundo católico, respira-se, infelizmente, há anos. Na
realidade, parece cada vez mais claro. Além disso, lutar contra a agenda LGBT
não é de todo fácil: implica ter de se preparar para críticas pesadíssimas, por
vezes até mesmo para o ridículo público. Se não for justificável, então pelo
menos compreensível é a atitude daqueles que não têm vontade de dar a cara,
pelo menos já não, em batalhas que, muitas vezes, parecem estar perdidas no
início. Todavia, é outra coisa muito diferente mudar de lado, decidindo
promover a propagação dos dogmas do arco-íris. E isto é, infelizmente, o que
estamos a começar a ver também nas universidades cristãs.
Emblemática, a este respeito, é a decisão da DePaul University – que,
naturalmente, não é apenas uma universidade cristã entre muitas, sendo a maior
universidade católica dos Estados Unidos (forma milhares de estudantes de 49
estados americanos e de 136 Países de todo o mundo) – de abraçar plenamente uma
antropologia gender fluid. Sim, porque uma das novidades recentemente introduzidas
por esta universidade é, precisamente, a previsão da possibilidade de se reconhecer
entre «vários géneros». A clamorosa viragem teve lugar dentro da
plataforma online da universidade, Campus Connect, que oferece
agora aos estudantes inscritos a possibilidade de escolher entre nada menos do
que nove «opções de género». Atenção para não subestimar este facto.
O sistema Campus Connect é, de facto, o portal web que hospeda
informações sobre e para estudantes, docentes e pessoal, para o intercâmbio de
comunicações. E, a partir de hoje, permite nove identificações de género, sendo
possível escolher entre masculino, feminino, intersexual, não-binário,
transexual masculino, transexual feminino, cisgénero, «não especificado»
e «não desejo identificar-me». Isto seria considerado quase normal numa
universidade estatal, mas numa universidade católica é, pelo menos, surreal.
É preciso dizer que esta novidade arco-íris na DePaul University é, em certa
medida, uma novidade. Basta dizer que, naquela universidade, o misgendering
– ou seja, chamar uma pessoa transexual pelo
artigo, desinência ou pronome errados – é agora considerado «um acto de violência».
E embora alguns estudantes encarem esta tendência com preocupação, a tendência
geral é de preocupante aceitação deste rumo.
Quando contactados pelo jornal online College Fix – que noticiou esta
incrível reviravolta em termos de género –, os responsáveis da universidade não
estavam disponíveis, nem quiseram dar qualquer explicação para a singular
previsão da sua plataforma online. Reforça-se, inevitavelmente, a
suspeita de uma escolha deliberada, inteiramente consciente, embora tratando-se
de um dramático afastamento da moral católica. A questão é que não se trata de
um caso isolado.
A confusão reina soberana em grande parte das realidades cristãs universitárias,
incluindo as que operam nas universidades mais exclusivas. Em Setembro passado,
estas páginas relatavam o incrível apoio do Harvard Catholic Center à recente nomeação,
como novo presidente dos capelães da Universidade de Harvard, de Greg Epstein,
uma pessoa sem dúvida respeitável mas de fé… ateísta. Na altura, fez, de facto,
notícia. Mas a este ritmo, não tardará muito até termos um capelão transexual,
que será defendido pontualmente – se não for proposto – por uma universidade
católica, pelo menos de fama.
Giuliano Guzzo
Através de La Nuova Bussola Quotidiana
2 Comentários
"Para a Universidade Católica dos EUA, os géneros são nove"
ResponderEliminar"Uma certa resignação à cultura dominante, mesmo no mundo católico, respira-se, infelizmente, há anos.
Na realidade, parece cada vez mais claro.
Além disso, lutar contra a agenda LGBT não é de todo fácil: implica ter de se preparar para críticas pesadíssimas, por vezes até mesmo para o ridículo público".
"Isto seria considerado quase normal numa universidade estatal, mas numa universidade católica é, pelo menos, surreal.
uma escolha deliberada, inteiramente consciente, embora tratando-se de um dramático afastamento da moral católica".
Resposta: A desgraça, chegou pesada demais, sem qualquer anestesia, é tenebroso demais,
Isto vai requerer grande capacidade de fortaleza, inteligência, discernimento, temor de Deus, Amor a Deus.
Suplicar constantemente ao Divino Espírito Santo que não nos desampare, nos proteja ilumine e nos guarde, diariamente.
Meu Deus, como tenho imensa dor e pena dos pais conscienciosos que temem pelo futuro dos seus filhos, pequenos.
Vinde, Senhor Jesus,
Paz e bem
Sou do gênero "Macho pra caramba", com fluidez em "Macho alfa" e "porrada em fresco".
ResponderEliminarRespeitem meu gênero!
«Tudo me é permitido, mas nem tudo é conveniente» (cf. 1Cor 6, 12).
Para esclarecimentos e comentários privados, queira escrever-nos para: info@diesirae.pt.