Os Bispos da Europa saudaram
favoravelmente a eleição de Roberta Metsola, católica maltesa pró-aborto e
pró-LGBTQI+, para a Presidência do Parlamento Europeu.
A mulher mais jovem alguma vez eleita para dirigir o Parlamento da UE é
descrita, num relatório do Open Society European Policy Institute, do filantropo
de esquerda George Soros, como tendo «pontos de vista muito progressistas».
Na terça-feira, 18 de Janeiro, Metsola obteve 458 dos 690 votos expressos, obtendo
o apoio dos socialistas e democratas, e batendo os candidatos apoiados pelos
Verdes, pela esquerda radical e pelos nacionalistas conservadores. Embora diversos
meios de comunicação social a tenham rotulado confusamente como «antiaborto»,
alguns católicos malteses consideram-na uma «falsa católica ao estilo de Joe
Biden». É bem conhecido que Metsola votou várias vezes contra o aborto no
Parlamento Europeu. O que é menos
conhecido é que a nova Presidente apresentou uma resolução contra a Polónia
pelas suas leis antiaborto.
De acordo com um membro da Sociedade Maltesa para a Civilização Cristã – Pro
Malta Christiana: «Em Malta dizia ser contra o aborto, enquanto em Bruxelas,
durante o seu mandato de eurodeputada, declarou frequentemente que era a favor
dos chamados direitos reprodutivos das mulheres». De facto, os jornalistas
perguntaram à recém-eleita Metsola se queria esclarecer a confusão em torno da
sua posição sobre o aborto, uma vez que alguns membros franceses do Parlamento
Europeu tinham manifestado reservas quanto à sua posição sobre o assunto. A responsável,
de 43 anos, declarou categoricamente: «É a do Parlamento Europeu, que,
quando falou da saúde reprodutiva e dos direitos reprodutivos, nunca foi
ambíguo. Sempre disse que queria que estes direitos fossem mais bem protegidos».
Metsola também afirmou que tinha recentemente apresentado uma resolução que condena
a lei polaca contra o aborto: «Promovi-a e apresentei-a. (...) Isto é
exactamente o que farei com todas as posições que foram tomadas sobre esta
questão em todos os estados-membros».
O que é certo é que o relatório financiado pela Open Society Foundation, de
George Soros, intitulado “Aliados confiáveis no Parlamento Europeu (2014-2019)”,
elencou Metsola como uma aliada «muito apaixonado por questões migratórias»,
bem como «asilo, igualdade de género, direitos LGBTI e os direitos de todas
as minorias». Os propagandistas de Soros consideram-na uma aliada em termos
de agenda globalista e anticristã, embora Metsola tenha negado qualquer ligação
com o agitador de extrema-esquerda.
As suas posições pró-imigração são também bem conhecidas e Metsola atacou
várias vezes a Polónia e a Hungria, dois países que rejeitam as ondas migratórias
islâmicas para defender o próprio património cultural cristão. Dadas as suas
posições para a centralização do poder à custa das soberanias dos estados-membros,
a sua eleição parece mais um passo em frente no plano euro-federalista de
reduzir os restantes vestígios das soberanias nacionais.
Por seu lado, o Cardeal Jean-Claude Hollerich, Arcebispo do Luxemburgo e
Presidente da Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia (COMECE) –
ignorando o facto de que as persistentes posições pró-LGBT de Metsola no
passado estavam em clara violação do ensinamento católico –, congratulou-se com
a recém-eleita, em nome da COMECE, dizendo que esperava trabalhar com Metsola «para
o bem comum». «Já tivemos a oportunidade de trabalhar com ela e
reconhecemos as suas qualidades: é uma pessoa brilhante que será, certamente, capaz
de desempenhar este importante papel institucional de uma forma excelente»,
afirmou Hollerich num comunicado de imprensa.
O Bispo Joseph Galea-Curmi, Bispo Auxiliar de Malta e Delegado da Conferência
Episcopal de Malta para a COMECE, aplaudiu Metsola na Rádio Vaticana, dizendo que
poderia «inspirar um grande consenso dada a divisão política da Europa».
É de notar que o sacerdote conservador maltês Davide Muscat tinha explicado,
num vídeo do YouTube, em Outubro de 2020, como Metsola «desencadeou um feroz
ataque contra a Polónia e os católicos polacos». Embora o seu partido em
Malta (Partido Nacionalista) «já não seja nacionalista ou católico», ela
«enganou os católicos malteses no passado e tem sido constantemente eleita,
por vários milhares de eleitores católicos, para o Parlamento Europeu»,
advertiu Muscat.
A este respeito, o sítio católico americano Church Militant contactou a COMECE
perguntando porque é que os Bispos estavam tão entusiasmados por apoiar uma
presidente católica que, tão clara e publicamente, repudia o ensinamento católico,
mas não recebeu qualquer resposta.
Philip Beattie
Através de Tradizione, Famiglia, Proprietà
1 Comentários
"Nova Presidente do Parlamento Europeu: uma falsa católica aprovada por Soros"
ResponderEliminarUma Falsa Católica, aprovada por SOROS,
Mais conversa para quê.
Agora até o bergolio e bispos, que deveriam cuidar do que precisam de cuidar, metem-se em politica, e fazem movimentar as peças como num tabuleiro de xadrez, geo politico.
A sério, isto é Nojento.
Paz e bem
«Tudo me é permitido, mas nem tudo é conveniente» (cf. 1Cor 6, 12).
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