O portal Dies Iræ, a pedido do Arcebispo Carlo Maria Viganò, antigo Núncio
Apostólico em Washington, publica um comunicado em que Sua Excelência
Reverendíssima denuncia a vil perseguição que, particularmente nos Estados
Unidos, tem sido movida contra os sacerdotes que rejeitam a vacinação “anti-COVID-19”.
Para além disso, o Arcebispo Viganò apela a que se constitua uma grande
fundação internacional de apoio, espiritual e logístico-económico, aos clérigos
perseguidos e vilipendiados.
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3 de Outubro de 2021
Dominica XIX post Pentecosten
Soubemos que, em algumas Dioceses dos Estados Unidos da América, e em
particular na Diocese de Chicago, a Autoridade Eclesiástica impõe aos seus
clérigos e aos agentes pastorais a obrigação vacinal como condição para
assistir às celebrações, às actividades litúrgicas e pastorais, e até mesmo pelo
simples facto de serem sacerdotes com um ministério. Medidas despóticas
semelhantes também são impostas na Itália e noutros Países.
Os sacerdotes que não cumprirem as disposições do Ordinário serão privados das suas
faculdades sacerdotais e dos meios de subsistência. Consequentemente, muitas
igrejas serão fechadas, com gravíssimo dano para a salus animarum,
devido à falta de clérigos que possam substituir aqueles que não deixarão
injectar o soro génico experimental. Pelo que se sabe, não são poucos os
pastores de almas que oporão, como é de pleno direito de cidadãos e de católicos,
uma clara recusa a disposições sacrílegas e ilegítimas, nulas e que expõem os
interessados ao concreto perigo próximo de efeitos colaterais graves,
incluindo o risco de morte. Sem mencionar as implicações morais decorrentes da
aceitação da inoculação de um fármaco para cuja produção são utilizadas linhas
celulares fetais provenientes de abortos.
A subserviência da Hierarquia bergogliana à farsa pandémica e a imposição da
chamada vacinação transformou os Ministros de Deus em santarrões da pandemia,
os Bispos em pracistas de soros experimentais e todo o corpo eclesial em vítima
das experimentações em massa. Isto constitui uma inaudita traição da missão
divina da Igreja de Cristo, do poder dos Pastores e do mandato dos sacerdotes, num
processo de substituição da Religião revelada por um culto pseudocientífico que
beira a idolatria. Se estes abusos já são graves se provêm da Autoridade civil –
cuja corrupção e os conflitos de interesses já são universalmente conhecidos e
denunciados –, ainda mais grave é a cooperação neste crime global por parte da Autoridade
eclesiástica.
Diante de tais violações do Direito, é necessário denunciar, sem hesitação, a deliberada
cumplicidade da Hierarquia no diabólico plano mundialista do Great Reset
e resistir, com firmeza e coragem, a esta opressão ratificada pela Santa Sé.
Renovo veementemente o apelo que lancei no recente evento realizado, em Dubuque
(Iowa), em favor da Coalition for Canceled Priests, convidando os leigos
a apoiarem os seus sacerdotes com iniciativas coordenadas. É necessário
estabelecer uma Fundação Internacional que recolha as ofertas e as
doações dos fiéis, desviando-as das paróquias e das Dioceses que se mostram coniventes
com o actual regime bergogliano. Quando os Bispos se virem tocados na conta
bancária, provavelmente serão induzidos a moderar a sua obra de ostracismo
contra os bons sacerdotes. Iniciativas como a Coalition for Canceled Priests
e outros projectos semelhantes constituem uma urgente necessidade nesta hora de
perseguição. Cada um de nós, de acordo com os próprios meios, poderá dar um contributo
concreto – não necessariamente apenas económico – até simplesmente alocando as
próprias ofertas a quem as merece e não a quem as usa para vexar os bons
clérigos.
Os fiéis católicos abram as suas casas aos sacerdotes perseguidos pela tirania
dos Bispos aliados ao globalismo, colocando-as à disposição para a celebração
do Santo Sacrifício da Missa. Reunidas em torno desses altares domésticos, as
comunidades refractárias poderão, assim, continuar a prestar o devido culto à
Santíssima Trindade e a beneficiar da assistência espiritual dos seus Ministros.
E que a caridade fraterna, alimentada pela partilha da única Fé e pela oração,
marque o início de um renascimento da Santa Igreja, hoje obscurecida por
mercenários e traidores.
†
Carlo Maria Viganò,
Arcebispo
antigo Núncio Apostólico nos Estados Unidos
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«Tudo me é permitido, mas nem tudo é conveniente» (cf. 1Cor 6, 12).
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