Com data de 15 de Outubro, o Arcebispo
de Vaduz, no Principado de Liechtenstein, Mons. Wolfgang Haas, escreveu uma carta à sua diocese a informar que, ao contrário do que estão a fazer as restantes
dioceses, salvo eventuais excepções, não participará no Sínodo que discutirá,
precisamente, a grave problemática da “sinodalidade”. O portal Dies Iræ disponibiliza, na sua tradução, o texto completo de Mons.
Hass.
+
15 de Outubro de 2021
O Papa Francisco iniciou um chamado “Processo Sinodal” mundial, que agora está
em curso em cada uma das dioceses. Para isso, a Secretaria do Sínodo dos Bispos
já publicou uma série de documentos em várias línguas, que estão disponíveis na
Internet.
Penso que, na nossa pequena Arquidiocese, a implementação de um procedimento
tão complexo e, às vezes, até complicado, que nas nossas latitudes corre o
risco de ser explorado ideologicamente, pode ser evitada por boas razões.
Por um lado, as relações próximas nas nossas paróquias permitem o contacto
mútuo de pastores e leigos de forma rápida e fácil, de modo que um intercâmbio
intelectual e espiritual sempre foi e é possível. Todos aqueles que o desejam,
podem dialogar uns com os outros, ouvir-se uns aos outros e cultivar a comunicação
pessoal sobre sugestões, desejos e ideias para a vida quotidiana da igreja. Nos
conselhos paroquiais e religiosos, bem como nas instituições escolares, sociais
e de caridade e nas instituições de ensino, há contactos constantes entre os
interessados, nos quais pode haver uma interacção responsável, palpável e
sensível.
Por outro lado, é verdade que as consultas têm lugar a vários níveis,
nomeadamente também a nível diocesano, ainda que neste momento, “devido ao Coronavírus”,
nem tudo seja possível através de reuniões presenciais. Por outro lado,
qualquer pessoa que queira expressar por escrito os desejos, preocupações e
sugestões para a formação da vida eclesiástica na nossa diocese pode ainda
fazê-lo e contactar directamente o Arcebispo ou o Vigário-Geral. No Vademecum
para o Sínodo sobre a Sinodalidade, como manual oficial para as
deliberações nas igrejas locais, a principal tarefa do bispo é vista na escuta,
não em grandes discussões e longos debates. É para ser uma escuta daquilo que o
Espírito Santo nos quer dizer. Esta escuta pressupõe a nossa oração pelo dom
espiritual do discernimento. Acima de tudo, gostaria de encorajar a oração por
este dom especial e pedir a bênção de Deus para todos.
† Wolfgang Haas, Arcebispo de Vaduz
1 Comentários
"A Arquidiocese de Vaduz não participará no “Processo Sinodal” "
ResponderEliminarDeus o permita que muitas Dioceses, por esse Mundo fora, Não queiram e Não permitam participar neste diabólico, "Processo Sinodal"
Rezo, muito, para Deus, por todas as formas destrua esta loucura.
Paz e bem
«Tudo me é permitido, mas nem tudo é conveniente» (cf. 1Cor 6, 12).
Para esclarecimentos e comentários privados, queira escrever-nos para: info@diesirae.pt.