«De soldados de Cristo, muitos tornaram-se efeminados cortesãos do adversário», lamenta Viganò

A iniciativa “The Viganò Tapes” consiste em dezoito pequenos vídeos que se traduzem em outras tantas perguntas dirigidas ao Arcebispo Carlo Maria Viganò, antigo Núncio Apostólico em Washington, sobre a situação actual da Igreja e do mundo. O portal Dies Iræ disponibiliza, em língua portuguesa, o texto da décima pergunta-resposta.             

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10. Quais são os poderes que movem as cordas deste ataque à civilização ocidental e à Cristandade?

A resposta é muito simples. Em primeiro lugar, como cristãos, sabemos que esta guerra epocal é conduzida por Satanás, inimigo do género humano. Por trás dos que praticam a iniquidade há sempre e somente ele, homicida desde o princípio. Pouco importa se os cooperadores deste plano são as empresas farmacêuticas ou a alta finança, as organizações filantrópicas ou as seitas maçónicas, as facções políticas ou os meios de comunicação corruptos: todos eles, conscientes ou não, colaboram na obra do Demónio.        

O pecado, a doença e a morte são a marca inconfundível da sua obra. Pecado, doença e morte não como mal a ser curado, mas como uma infeliz resposta, como único suposto remédio para a vida e para a saúde material e espiritual dos homens. Mais, como normalidade para quem já não vive na economia da Redenção, mas na escravidão de Satanás, que quer tornar irreversíveis os efeitos do pecado original e ineficaz o Sacrifício de Cristo. A tal ponto que os saudáveis ​​passaram a ser considerados como potenciais doentes, como contagiosos, como propagadores de morte; e vice-versa, os vacinados – que são contagiosos – como únicos supostamente saudáveis. A ponto de os próprios clérigos se atreverem a colocar a saúde do corpo antes do dever de administrar os Sacramentos e de celebrar a Missa: a vileza abjecta de muitos sacerdotes e bispos, durante os passados lockdown, trouxe à luz um quadro desolador de pavidez, na verdade, de traição e falta de Fé entre os membros do Clero, o que mostra, se é que alguma vez foi necessário, as proporções do dano causado ​​pela revolução conciliar.   

Porque este é o absurdo do que vimos acontecer há um ano e meio: a resposta a uma gripe sazonal consistiu na proibição dos tratamentos eficazes e na imposição de terapias experimentais com novas tecnologias genéticas que, embora não curem as consequências do vírus, provocam modificações genéticas e efeitos colaterais, enfartes e miocardites, morte de pessoas saudáveis ​​ou que poderiam recuperar-se com os tratamentos disponíveis. E a isso soma-se, como um ritual infernal, o recurso ao soro génico feito com fetos abortados, quase a renovar, em chave sanitária, os sacrifícios humanos dos pagãos, propiciando a vinda da Nova Ordem com vidas de inocentes. E, enquanto o Baptismo cristão limpa a alma do pecado e a torna filha de Deus no carácter sacramental, o baptismo satânico marca quem o recebe com a marca da Besta.  

Como podem os católicos, sem nenhum escrúpulo de consciência, submeter-se à vacina como a uma espécie de baptismo satânico, permanece uma questão à qual se deverá dar uma resposta. Certamente, décadas de cancelamento sistemático da Fé e da Moral nos fiéis, em nome de um diálogo com o mundo e com a modernidade, permitiram que as almas perdessem todas as referências sobrenaturais, deixando-se embotar por um sentimentalismo amorfo que nada tem de católico. A castração das almas cumpriu-se no momento em que o certame cristão contra o mundo, a carne e o diabo foi pervertido num recuo indecoroso, na verdade, numa vil deserção. De soldados de Cristo, muitos tornaram-se efeminados cortesãos do adversário.    

O vídeo do décimo episódio foi censurado pelo YouTube e encontra-se disponível aqui.

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