O relatório, amplamente criticado por
numerosas organizações da sociedade civil, foi redigido pelo eurodeputado
socialista croata Fred Matić e é a segunda tentativa da ala esquerda do
Parlamento Europeu de impor a polémica ideologia de género a nível europeu,
após o badalado fracasso do seu antecessor em 2013, o relatório Estrela,
derrubado pela maioria do Parlamento pelo seu radicalismo e pela tentativa de invadir
competências exclusivas dos Estados.
Embora se desconheça a data exacta da votação deste relatório, é provável que
tenha lugar na próxima sessão plenária, que se realizará nos dias 23 e 24 de Junho.
Foi por isso que a Federação Europeia One Of Us fez público um comunicado no
qual adverte que o relatório Matić «não defende os direitos humanos, porque
o aborto não é um direito humano. Nunca foi e nunca será. Não foi reconhecido
por nenhuma declaração ou por qualquer tribunal internacional como um direito
humano».
One of Us assegura que o relatório «ultrapassa as competências da União
Europeia (UE), abordando questões como a saúde, a educação sexual e a reprodução,
bem como o aborto e a educação, que são poderes legislativos dos
Estados-Membros e não da UE».
Alerta também que «os princípios e fundamentos europeus de respeito pelos
direitos humanos, o Estado de direito, as tradições dos cidadãos europeus e a
soberania dos Estados-Membros são inerentes às raízes e aos princípios da União
Europeia. Se estes valores forem esquecidos ou pisoteados, a União Europeia
perde o sentido que teve desde a sua fundação, convertendo-se num totalitarismo
face à nossa convivência».
One of Us constata que o relatório Matić «viola a dignidade da mulher,
propondo a contracepção e o aborto em vez da maternidade. Este relatório cria
uma mensagem da UE que mina a dignidade e a singularidade das mulheres enquanto
mães. Ao invés de oferecer verdadeiras alternativas às mulheres que estão à
espera de um filho, informando-as adequadamente e como se espera em qualquer
campo sanitário ou farmacológico, oferece-lhes a eliminação do filho que está no
seu útero como opção única ou preferencial. Isto afecta directamente a
dignidade da mulher na sua maternidade e também afecta o direito à objecção de
consciência».
«Os cidadãos europeus exigem que as instituições europeias trabalhem na resolução
dos problemas que surgem na nossa sociedade sem imposições ideológicas»,
sublinha o comunicado.
Por último, One of Us solicita ao Parlamento Europeu «que anule este
relatório tão iníquo e surpreendente. Como cidadãos europeus comprometidos com
a saúde das mulheres de diferentes idades, pedimos aos nossos representantes
parlamentares europeus uma reformulação urgente deste assunto».
Através de InfoCatólica
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