«Proíba-se o uso, em documentos e
actos oficiais, e nos estabelecimentos de ensino, da comummente denominada “linguagem
inclusiva” em qualquer das suas formas (“x”, “e”, “@”, etc.), utilizadas para
substituir o uso do masculino quando utilizado em sentido genérico, bem como de
qualquer outra forma que não a língua oficial adoptada pela República Argentina»,
diz o artigo 1.º do documento apresentado, na terça-feira passada, na Câmara
dos Deputados.
O projecto de lei, segundo as signatárias, visa evitar «alterações
gramaticais e fonéticas que distorçam a linguagem» com a intenção de
suprimir «os obstáculos que, em matéria de alfabetização, se manifestam pelo
uso da mesma». E acrescentam: «Também se deve ter presente que o uso de
termos masculinos com carácter inclusivo do feminino não afecta em absoluto a
igualdade entre homens e mulheres. Como bem assinalado, é um facto estritamente
linguístico que não carece de consequências políticas para a visibilidade das
mulheres, o respeito com que são tratadas ou o seu acesso a cargos de maior
responsabilidade em todos os âmbitos da sociedade».
Também relembraram o pedido, em 2020, do Governo de Espanha à Real Academia
Espanhola (RAE), sobre a linguagem inclusiva, que pretendia modificar a
Constituição de 1978 por ser considerada machista. No artigo Constitución,
idioma nacional y lenguaje inclusivo, a RAE respondeu que «o documento
da instituição hispânica deixa explícito que os grupos nominais no género
masculino são de exegese inclusiva, resultando em textos claros e inteligíveis
que em nada representam graves problemas de interpretação literal, não havendo
razões gramaticais nem de inteligibilidade semântica que obriguem a introduzir
modificações».
Anteriormente, a Academia Nacional de Educação da Argentina criticou o uso de linguagem
pseudo-inclusiva, já que «não contribui para apontar a igualdade dos sexos,
mas, pelo contrário, sugere a existência de uma rivalidade».
A instituição expressou claramente a sua posição sobre o deformado castelhano
que se pretende impor, a partir de grupos minoritários, com o aval do Estado: «A
Academia Nacional de Educação considera oportuno tornar público o seu apoio ao manifestado
pela Academia Argentina de Letras, quando afirma, depois de uma extensa
fundamentação, que “não se devem forçar as estruturas linguísticas do espanhol para
que se convertam em espelho de uma ideologia, pois a gramática espanhola que
estudamos não restringe a liberdade de nos expressarmos ou de interpretar o que
os outros expressam. Afirmamo-lo com a convicção de que uma língua que relaciona
nunca exclui”».
Através de InfoCatólica
1 Comentários
É demais, demónios.....
ResponderEliminar«Tudo me é permitido, mas nem tudo é conveniente» (cf. 1Cor 6, 12).
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