Desde há uma semana que, na Basílica
de São Pedro, no Vaticano, a caríssima igreja da Cristandade, não é possível –
excepto, claro está, ao despudorado Cardeal Krajewski – a um sacerdote celebrar
a Santa Missa, de forma individual, nos altares-laterais do templo vaticano. Desde
então, é-se obrigado a “concelebrar”. Por outro lado, os sacerdotes que
pretendam oferecer a Santa Missa na “Forma Extraordinária” do Rito Romano, como
lhe chamou bizarramente Bento XVI, são obrigados a deslocar-se às Grutas
Vaticanas, podendo optar por quatro horários matutinos. E tal se deve a uma
decisão, absolutamente ilegítima, da Primeira Secção da Secretaria de Estado de
Sua Santidade.
Como seria de esperar, várias reacções surgiram depois da publicação do
documento que, para além de não ter número de protocolo, apenas apresenta um
rabisco que, segundo consta, será do Substituto da Secretaria de Estado, o polémico
Mons. Peña Parra. Não sabia o Substituto que, ao “rabiscar” o documento, estava
a alinhar numa farsa? Pior, não sabia Peña Parra que estava a usurpar funções e
competências que não lhe pertencem, nem lhe foram atribuídas? Nada, porém, que
nos espante na “igreja bergogliana”, em que até Nossa Senhora, note-se, não é
assim tão importante como a querem “pintar”. Atacam-se os fundamentos da Igreja
Católica! De dentro para fora, já não de fora para dentro.
Reagiram, de forma sábia e pastoralmente atenta, os Cardeais Burke, Müller,
Brandmüller e, hoje mesmo, o Prefeito Emérito da Congregação para o Culto
Divino e a Disciplina dos Sacramentos, o Cardeal Robert Sarah, cujo lugar foi
não só deixado “vacante” como, para piorar a situação, cuja Congregação foi
invadida por um Prelado que de idoneidade pouca se lhe conhece. Por outro lado,
as vozes estultas não se deixaram silenciar. Houve quem afirmasse que celebrar
individualmente a Santa Missa – tradição antiquíssima e venerável – seria algo
ultrapassado, retrógrado e, pior, uma autêntica “heresia”. Admiravelmente, estas
afirmações e estes “anátemas” surgem, para variar, daqueles mesmos que defendem
bênçãos para parelhas homossexuais, Comunhão para os “recasados” impenitentes, Missas
ao ar livre e com direito a estar sentado na relva, e padres sem batina ou qualquer outro símbolo visível do seu ministério. Puro obscurantismo! Completa
inabilidade da parte daqueles que, tristemente, ignoraram a voz d’Aquele a quem
se propuseram seguir, primeiro, com o Baptismo e, depois, com o Sacramento da
Ordem!
Quanto a nós, fiéis leigos, visceralmente unidos a Roma, tanto nas horas de sol
como nas de sal, devemos manter-nos unidos à Roma da Tradição, dos Santos, dos
Mártires, dos Padres da Igreja, dos Pastores esclarecidos e esclarecedores,
rejeitando, com a maior arma que temos à disposição, a da oração, tamanhos
ataques a tão sagrado hábito de se oferecer o Santo Sacrifício da forma como a
Igreja e, à vista disso, Nosso Senhor Jesus Cristo querem. Fiéis à Igreja que foi
fundada, pelo Homem das Dores, para evangelizar e salvar almas! Jamais àquela igreja
que, fiel a um conciliábulo, se entretém a convencer-se que pode humanamente
destruir aquilo que foi sobrenaturalmente instituído. Afinal, «fiel é Deus,
por quem fostes chamados à comunhão com seu Filho, Jesus Cristo Nosso Senhor»
(1 Cor 1, 9). Não nos deixemos terrificar e respondamos com santa intelecção à atrevida
pedantice dos que se autodenominam arautos da modernidade! Que a Semana Maior nos ajude a ardentemente desejarmos ser Cireneus dos Pastores que, nos dias que correm, ousam ser fiéis à Verdade de Cristo e da Santa Igreja!
D.C.
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«Tudo me é permitido, mas nem tudo é conveniente» (cf. 1Cor 6, 12).
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