O Papa Francisco nomeou, na passada
quarta-feira, Juan Carlos Cruz, um homem assumidamente homossexual, para a Pontifícia
Comissão para a Tutela dos Menores. O próprio Cruz foi vítima de abuso sexual clerical.
De acordo com o Relatório John Jay, de 2004, sobre a natureza e o alcance do
abuso sexual clerical de menores, «os resultados do nosso estudo indicaram
que, de todas as vítimas cujo género foi relatado, (…) 81% eram homens e
19% mulheres». Por outras palavras, parece que o abuso sexual cometido por
membros do clero é esmagadoramente de natureza homossexual.
No entanto, Margaret Smith, investigadora do John Jay College of Criminal
Justice, advertiu: «Neste ponto, não encontrámos uma ligação entre a
identidade homossexual e uma maior probabilidade de abuso sexual». Karen
Terry, outra investigadora, argumentou: «Alguém pode cometer actos sexuais
que podem ser de natureza homossexual, mas não ter uma identidade homossexual».
Precedentemente, em 2018, Cruz já se tinha reunido com o Papa Francisco, no
Vaticano, para um encontro privado, onde alegou que o Papa o afirmou na sua
homossexualidade, dizendo-lhe que “Deus fez-te gay”.
À época, Cruz alegou Francisco lhe disse que “não importa que sejas gay. Deus fez-te
assim e ama-te assim, e eu não me importo. O Papa ama-te como és, tens de ser
feliz como és”.
Quando abordada para esclarecer se Francisco fez ou não os comentários alegados
por Cruz, Cristina Ravenda, da assessoria de imprensa do Vaticano, disse ao LifeSiteNews:
“O Vaticano não comenta conversas privadas do Papa”. Desde então, nenhum
esclarecimento foi prestado.
O Catecismo da Igreja Católica afirma que as pessoas com inclinações
homossexuais «devem ser acolhidas com respeito, compaixão e delicadeza»,
acrescentando que «evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de
discriminação injusta».
Com isto em mente, o Catecismo descreve a actividade homossexual como uma «depravação
grave», baseada na Sagrada Escritura, e que tais actos são «intrinsecamente
desordenados». Como resultado, «as pessoas homossexuais são chamadas à
castidade».
Apesar do ensinamento claro e tradicional da Igreja sobre a questão das
relações entre pessoas do mesmo sexo, Cruz atacou, na semana passada, a
Congregação para a Doutrina da Fé (CDF), que acabara de lançar uma decisão que
proibia a bênção das relações entre pessoas do mesmo sexo.
Cruz, um franco defensor da mudança na doutrina perene (e bíblica) da Igreja
sobre a homossexualidade, disse que quem está por trás do documento da CDF «está
completamente num mundo à parte, longe das pessoas e a tentar defender o
indefensável».
Sugeriu: «Se a Igreja e a CDF não avançarem com o mundo... os católicos
continuarão a fugir», acrescentando que o Papa está em desacordo com a
liderança da CDF. Cruz agora servirá na Pontifícia Comissão para a Tutela dos
Menores durante três anos.
Ao longo do seu pontificado, Francisco sinalizou repetidamente o apoio ao lobby
homossexual no Vaticano, elevando os seus principais porta-vozes, como o P.
James Martin, a altos cargos na Cúria Romana e na hierarquia da Igreja.
Há apenas cinco meses, em Outubro, o Papa causou ondas de choque em todo o
mundo depois de ter sido revelado que apoiava a criação de leis de união civil
para os casais homossexuais terem os seus relacionamentos reconhecidos pela
lei. A acção foi amplamente vista como a sua declaração mais clara de apoio
público à prática, que é moralmente proibida pelo ensinamento oficial da Igreja
Católica.
David McLoone
Através de LifeSiteNews
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