O Papa Francisco não aceitou, por enquanto, a renúncia do Arcebispo de Hamburgo, Stefan Hesse, após a alegação de
abusos em Colónia. O Pontífice concede a Hesse «um tempo livre», segundo
anunciou, na segunda-feira, a Arquidiocese de Hamburgo. Durante a ausência de
Hesse, o Vigário-Geral, Ansgar Thim, administrará a Arquidiocese. Também se
espera que o Vaticano faça o correspondente anúncio aos meios de comunicação.
Hesse tinha apresentado a sua renúncia ao Papa Francisco depois da publicação
do relatório sobre a gestão de casos de abusos na Arquidiocese de Colónia e pedira
a desvinculação imediata do seu cargo. Ao fazê-lo, queria evitar «danos ao
cargo de Arcebispo e à Arquidiocese de Hamburgo», disse Hesse numa declaração
pessoal.
Também enfatizou que «sempre actuou segundo o seu melhor conhecimento e
entendimento». A Arquidiocese de Hamburgo já anunciou que o Vigário-Geral,
Thim, assumiria provisoriamente a liderança da Arquidiocese até novo aviso.
Hesse, desde 2015 Arcebispo de Hamburgo, foi, desde 2006, chefe de pessoal e,
de 2012 a 2015, Vigário-Geral na Arquidiocese de Colónia. Os especialistas de
Colónia acusam-no de um total de onze crimes.
O Arcebispo já havia renunciado, no passado mês de Novembro, ao seu cargo de
assistente espiritual do Comité Central dos Católicos Alemães (ZdK), que
ocupava desde 2016, devido às publicações dos meios de comunicação sobre o seu
papel na gestão dos abusos sexuais na Arquidiocese de Colónia. Ao mesmo tempo,
anunciou que pediria à Congregação vaticana para os Bispos que examinasse as
acusações, já que não podia ser «juiz da sua própria causa».
Através de InfoCatólica.com
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