«Uma
consequência desagradável da nossa sociedade tecnológica é a mania de velocidade
e de novidade. As primeiras invenções da Revolução Industrial, como o comboio,
o navio a vapor e o telégrafo, enalteceram a velocidade mais do que qualquer
outro aspecto. Esses avanços tecnológicos ajudaram a desencadear, nas almas,
paixões desordenadas profundas, até então contidas, que explodiram como fogos
de artifício e se exprimiram num apetite desenfreado de velocidades, sensações
e prazeres sempre maiores.
A adoração do movimento e da mudança manifesta-se através do desejo de tudo o
que seja instantâneo, sem a progressão natural das fases intermediárias de
velocidade ou de reacção. Gera impaciência com o tempo e o espaço, com base na
ideia de que nada deve impedir o nosso acesso aos objectos que nos gratificam.
Estimula no Homem um desejo irrequieto de sair de si mesmo e do seu ambiente
normal em aparelhos e dispositivos electrónicos para multiplicar a sua
conectividade instantânea com outras pessoas, ainda que superficial, ou na
intensa dependência dos que encontram gozo em jogos electrónicos acelerados.
O culto à velocidade é facilitado por uma tecnologia que nos permite
multiplicar indefinidamente máquinas e dispositivos de computação, tornando,
assim, o rimo de vida cada vez mais rápido. Desse modo, o utilizador torna-se
vítima de um ritmo de vida brutal e exaustivo».
John Horvat II, in Retorno à Ordem, p. 53
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«Tudo me é permitido, mas nem tudo é conveniente» (cf. 1Cor 6, 12).
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