Estando
Gertrudes a rezar por uma pessoa que tinha proferido palavras de impaciência,
perguntando por que razão Deus lhe enviava provações que não eram feitas para
ela, o Senhor disse-lhe: «Pergunta-lhe quais são as provações que são feitas
para ela e diz-lhe que, como é impossível entrar no Reino dos Céus sem passar
por provações, escolha as que são feitas para ela e, quando estas lhe
acontecerem, tenha paciência». Estas palavras do Senhor permitiram-lhe
compreender que a forma mais perigosa de paciência é a pessoa imaginar que
aceitaria bem ser paciente noutras ocasiões, mas que não pode sê-lo naquelas
que Deus lhe envia, quando, pelo contrário, temos de estar seguros de que o
mais vantajoso para nós é, precisamente, aquilo que Deus envia e que, se não
conseguirmos suportá-lo com paciência, temos de tomar disso ocasião para a
humildade.
E o Senhor acrescentou, com ternura amorosa: «E tu, que te parece, no que te diz respeito? Não Me acontece enviar-te provações que não são feitas para ti?». Ela respondeu-Lhe: «De maneira nenhuma, meu Deus, mas confesso e confessarei até ao último suspiro que, tratando-se do corpo ou da alma, da prosperidade ou da adversidade, me governastes com tal perfeição de constância que não seria possível esperá-la da sabedoria de tempo algum, desde o começo do mundo até ao seu termo, senão de Vós, meu Deus, infinitamente terno, única Sabedoria incriada, que se estende de uma extremidade à outra do mundo, regendo todas as coisas com força e ternura» (cf Sb 8, 1).
Santa Gertrudes de Helfta, in O Arauto, Livro III, SC 143
E o Senhor acrescentou, com ternura amorosa: «E tu, que te parece, no que te diz respeito? Não Me acontece enviar-te provações que não são feitas para ti?». Ela respondeu-Lhe: «De maneira nenhuma, meu Deus, mas confesso e confessarei até ao último suspiro que, tratando-se do corpo ou da alma, da prosperidade ou da adversidade, me governastes com tal perfeição de constância que não seria possível esperá-la da sabedoria de tempo algum, desde o começo do mundo até ao seu termo, senão de Vós, meu Deus, infinitamente terno, única Sabedoria incriada, que se estende de uma extremidade à outra do mundo, regendo todas as coisas com força e ternura» (cf Sb 8, 1).
Santa Gertrudes de Helfta, in O Arauto, Livro III, SC 143
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«Tudo me é permitido, mas nem tudo é conveniente» (cf. 1Cor 6, 12).
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