Cumprir-se-ão,
no próximo dia 3 de Janeiro de 2021, quinhentos anos da excomunhão decretada
contra o fundador do protestantismo, o agostiniano alemão Martinho Lutero, e o
Grupo de Debate Ecuménico de Altenberg, formado por trinta teólogos e centrado nas
questões ecuménicas, crê que é a data perfeita para que se decrete o
levantamento desta pena canónica.
A condenação, deve-se esclarecer, foi mútua naquele período. Leão X excomungou Lutero e, no mesmo ano, em 1521, Lutero proclamou que o Papa era o Anticristo. Ambas as condenações, afirma o documento, ainda actuam “como amortecedores” no caminho de um reconhecimento mútuo oficial das Igrejas protestante e Católica.
Desde que o Vaticano II pôs em marcha um claro esforço ecuménico para reabrir as vias de diálogo entre uns e outros, diz a Declaração de Altenberg, iniciou-se um caminho de que esta iniciativa seria uma fase lógica e necessária.
Naturalmente, o heresiarca está morto há quase meio milénio, mas o que o grupo quer é que a condenação não continue a afectar os protestantes. De que modo poderia afectá-los se a Igreja Católica não é verdadeira ou por que não fazer-se católico, se não for, não é esclarecido no documento. De qualquer forma, a atitude de Sua Santidade em relação às igrejas reformadas em geral e em relação a Lutero em particular tem sido tão positivamente concordante que não se prevê dificuldade alguma para que a iniciativa prospere.
O documento pede ainda que as autoridades católicas e as protestantes escrevam um documento conjunto em que peçam perdão pela mútua hostilidade ao longo da história. Outra coisa que também não é difícil de conseguir, em princípio, já que pedir perdão mesmo pelo que não se fez está na moda, e o próprio Santo Padre felicitou pessoalmente o bispo de El Paso, nos Estados Unidos, por organizar um “gesto” em que, de joelhos, segurava um cartaz onde se podia ler o slogan das revoltas: Black Lives Matter.
Carlos Esteban
Através de InfoVaticana
A condenação, deve-se esclarecer, foi mútua naquele período. Leão X excomungou Lutero e, no mesmo ano, em 1521, Lutero proclamou que o Papa era o Anticristo. Ambas as condenações, afirma o documento, ainda actuam “como amortecedores” no caminho de um reconhecimento mútuo oficial das Igrejas protestante e Católica.
Desde que o Vaticano II pôs em marcha um claro esforço ecuménico para reabrir as vias de diálogo entre uns e outros, diz a Declaração de Altenberg, iniciou-se um caminho de que esta iniciativa seria uma fase lógica e necessária.
Naturalmente, o heresiarca está morto há quase meio milénio, mas o que o grupo quer é que a condenação não continue a afectar os protestantes. De que modo poderia afectá-los se a Igreja Católica não é verdadeira ou por que não fazer-se católico, se não for, não é esclarecido no documento. De qualquer forma, a atitude de Sua Santidade em relação às igrejas reformadas em geral e em relação a Lutero em particular tem sido tão positivamente concordante que não se prevê dificuldade alguma para que a iniciativa prospere.
O documento pede ainda que as autoridades católicas e as protestantes escrevam um documento conjunto em que peçam perdão pela mútua hostilidade ao longo da história. Outra coisa que também não é difícil de conseguir, em princípio, já que pedir perdão mesmo pelo que não se fez está na moda, e o próprio Santo Padre felicitou pessoalmente o bispo de El Paso, nos Estados Unidos, por organizar um “gesto” em que, de joelhos, segurava um cartaz onde se podia ler o slogan das revoltas: Black Lives Matter.
Carlos Esteban
Através de InfoVaticana
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