Vendo o
Santo Sudário de Turim, impressiona-me a recusa e a repulsa que nele há em
relação ao que está próximo. Nosso Senhor contempla-se a si próprio, olha o
Padre Eterno e sabe que a seus pés se encontra Maria Santíssima – cor unum et
anima una (coração e alma unidos a Ele).
Não vejo naquelas pálpebras cerradas o menor sinal de compaixão. Tenho a impressão de que elas se cerraram em recusa e em horror ao pecado que os homens cometeram.
Na Sagrada Face notam-se as marcas dos golpes que recebeu, os seus cabelos estão rarefeitos e desordenados. Ele foi maltratado de todos os modos. Percebe-se o seu protesto diante de tudo isso, mas também a sua dignidade.
Ele afirmara que o próprio Salomão, no auge da sua glória, não se vestiu tão esplendorosamente como os lírios do campo (Mt 6, 28-29). Eu teria vontade de dizer: “Quem era Salomão em toda a sua glória, se comparado à majestade deste Rei?”. Comparados a tal majestade, quanto são pobres e pequenos os lírios do campo! Quanto é pobre e pequeno Salomão!
Além da recusa, também vejo nessas pálpebras cerradas uma decisão e uma incompatibilidade que arrebentou as portas da morte e as transpôs. É a matriz da incompatibilidade completa e do ódio completo. É uma lúcida, firme e serena incompatibilidade com os seus algozes; uma recusa completa de qualquer afinidade e condescendência com os seus inimigos; uma posição de quem sente tal horror ao pecado cometido, que afundou num oceano de horrores para, legítima e dignamente, recusar aqueles que activa ou passivamente participaram na Crucifixão. Esse é o estado de espírito que também nós devemos ter.
Plinio Corrêa de Oliveira, excertos de uma conferência de 26 de Janeiro de 1980
Não vejo naquelas pálpebras cerradas o menor sinal de compaixão. Tenho a impressão de que elas se cerraram em recusa e em horror ao pecado que os homens cometeram.
Na Sagrada Face notam-se as marcas dos golpes que recebeu, os seus cabelos estão rarefeitos e desordenados. Ele foi maltratado de todos os modos. Percebe-se o seu protesto diante de tudo isso, mas também a sua dignidade.
Ele afirmara que o próprio Salomão, no auge da sua glória, não se vestiu tão esplendorosamente como os lírios do campo (Mt 6, 28-29). Eu teria vontade de dizer: “Quem era Salomão em toda a sua glória, se comparado à majestade deste Rei?”. Comparados a tal majestade, quanto são pobres e pequenos os lírios do campo! Quanto é pobre e pequeno Salomão!
Além da recusa, também vejo nessas pálpebras cerradas uma decisão e uma incompatibilidade que arrebentou as portas da morte e as transpôs. É a matriz da incompatibilidade completa e do ódio completo. É uma lúcida, firme e serena incompatibilidade com os seus algozes; uma recusa completa de qualquer afinidade e condescendência com os seus inimigos; uma posição de quem sente tal horror ao pecado cometido, que afundou num oceano de horrores para, legítima e dignamente, recusar aqueles que activa ou passivamente participaram na Crucifixão. Esse é o estado de espírito que também nós devemos ter.
Plinio Corrêa de Oliveira, excertos de uma conferência de 26 de Janeiro de 1980
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«Tudo me é permitido, mas nem tudo é conveniente» (cf. 1Cor 6, 12).
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