Lê-se
no Catholic Herald que o Grão-Mestre da Ordem de Malta, Fra’ Giacomo Dalla
Torre, proibiu todas as cerimónias litúrgicas oficiais na considerada Forma
Extraordinária do Rito Romano, assim chamada a partir do Motu Proprio Summorum Pontificum, mas que, na realidade,
se trata do Rito Romano Antigo, segundo Bento XVI, nunca revogado.
A decisão foi oficializada com uma carta enviada a todos os Presidentes do Grão-Priorado e das Associações Nacionais, com o seguinte teor: «A partir de agora, todas as cerimónias litúrgicas dentro da nossa Ordem devem ser realizadas de acordo com o rito ordinário da Igreja (rito de São Paulo VI) e não com o rito extraordinário (rito tridentino). (…) Esta decisão aplica-se a todas as celebrações litúrgicas oficiais, tais como as investiduras, as missas durante as nossas peregrinações, as missas em memória, bem como as festas e as solenidades da Ordem (…) Os superiores devem informar os seus subordinados para que a ordem seja “imediatamente colocada em prática”».
A carta diz, usando termos bastante sumários e não correspondendo ao conteúdo do Summorum Pontificum, que, enquanto o Motu Proprio dá aos sacerdotes a liberdade de decidir qual forma do rito romano celebrar, permite também que o Superior Maior de um instituto religioso decida sobre o uso da Missa tradicional latina dentro da respectiva comunidade. Mas não foi dada nenhuma explicação para a decisão.
Uma medida que aumentará as tensões dentro da Ordem, atormentada por divisões ligadas a uma disputa de 2016-2017 que levou o Papa Francisco, em Janeiro de 2017, a pedir a Matthew Festing que se demitisse de Grão-Mestre. Dalla Torre foi formalmente eleito seu sucessor no ano seguinte, cargo que agora ocupa de forma vitalícia.
O Patronus oficial da Ordem é o Cardeal Raymond Burke, conhecido defensor da Missa Antiga. Quem sabe se esta não é uma reacção ao que o Patronus da Ordem, com outro cardeal e três bispos, recentemente reafirmou sobre a Liturgia na Declaração sobre as verdades relativas a alguns dos erros mais comuns na vida da Igreja no nosso tempo, que, na quarta parte, sobre os Sacramentos, reafirma o ensinamento da Igreja sobre a transubstanciação; sobre a natureza da Santa Missa, que é um «verdadeiro e próprio sacrifício à Santíssima Trindade, e este sacrifício é propiciatório tanto para os homens que vivem na terra como para as almas do purgatório»; sobre a Presença Real de Jesus Cristo na Sagrada Eucaristia; sobre a diferença essencial entre a ordem sacerdotal e o sacerdócio dos fiéis. Para aprofundar algumas diferenças essenciais entre os dois Missais, mais que entre as “duas formas” do mesmo Rito, podeis consultar esta minha intervenção: O Rito Romano Antigo e a aplicação do Summorum Pontificum (por ora, apenas disponível em italiano).
Trata-se, no entanto, de uma decisão que revela uma aversão cada vez mais difundida pelo Rito Romano Antigo em todas as dioceses, com a lapidar motivação de “não desagradar ao Papa”. É pena que a um Papa não agrade um Rito sobre o qual o seu antecessor se expressou da seguinte forma: «Não existe qualquer contradição entre uma edição e outra do Missale Romanum. Na história da Liturgia, há crescimento e progresso, mas nenhuma ruptura. Aquilo que para as gerações anteriores era sagrado, permanece sagrado e grande também para nós, e não pode ser de improviso totalmente proibido ou mesmo prejudicial. Faz-nos bem a todos conservar as riquezas que foram crescendo na fé e na oração da Igreja, dando-lhes o justo lugar» (cf. Papa Bento XVI, Carta ao Bispos que acompanha o Motu Proprio Summorum Pontificum, sobre o uso da Liturgia Romana anterior à reforma realizada em 1970).
Maria Guarini
A decisão foi oficializada com uma carta enviada a todos os Presidentes do Grão-Priorado e das Associações Nacionais, com o seguinte teor: «A partir de agora, todas as cerimónias litúrgicas dentro da nossa Ordem devem ser realizadas de acordo com o rito ordinário da Igreja (rito de São Paulo VI) e não com o rito extraordinário (rito tridentino). (…) Esta decisão aplica-se a todas as celebrações litúrgicas oficiais, tais como as investiduras, as missas durante as nossas peregrinações, as missas em memória, bem como as festas e as solenidades da Ordem (…) Os superiores devem informar os seus subordinados para que a ordem seja “imediatamente colocada em prática”».
A carta diz, usando termos bastante sumários e não correspondendo ao conteúdo do Summorum Pontificum, que, enquanto o Motu Proprio dá aos sacerdotes a liberdade de decidir qual forma do rito romano celebrar, permite também que o Superior Maior de um instituto religioso decida sobre o uso da Missa tradicional latina dentro da respectiva comunidade. Mas não foi dada nenhuma explicação para a decisão.
Uma medida que aumentará as tensões dentro da Ordem, atormentada por divisões ligadas a uma disputa de 2016-2017 que levou o Papa Francisco, em Janeiro de 2017, a pedir a Matthew Festing que se demitisse de Grão-Mestre. Dalla Torre foi formalmente eleito seu sucessor no ano seguinte, cargo que agora ocupa de forma vitalícia.
O Patronus oficial da Ordem é o Cardeal Raymond Burke, conhecido defensor da Missa Antiga. Quem sabe se esta não é uma reacção ao que o Patronus da Ordem, com outro cardeal e três bispos, recentemente reafirmou sobre a Liturgia na Declaração sobre as verdades relativas a alguns dos erros mais comuns na vida da Igreja no nosso tempo, que, na quarta parte, sobre os Sacramentos, reafirma o ensinamento da Igreja sobre a transubstanciação; sobre a natureza da Santa Missa, que é um «verdadeiro e próprio sacrifício à Santíssima Trindade, e este sacrifício é propiciatório tanto para os homens que vivem na terra como para as almas do purgatório»; sobre a Presença Real de Jesus Cristo na Sagrada Eucaristia; sobre a diferença essencial entre a ordem sacerdotal e o sacerdócio dos fiéis. Para aprofundar algumas diferenças essenciais entre os dois Missais, mais que entre as “duas formas” do mesmo Rito, podeis consultar esta minha intervenção: O Rito Romano Antigo e a aplicação do Summorum Pontificum (por ora, apenas disponível em italiano).
Trata-se, no entanto, de uma decisão que revela uma aversão cada vez mais difundida pelo Rito Romano Antigo em todas as dioceses, com a lapidar motivação de “não desagradar ao Papa”. É pena que a um Papa não agrade um Rito sobre o qual o seu antecessor se expressou da seguinte forma: «Não existe qualquer contradição entre uma edição e outra do Missale Romanum. Na história da Liturgia, há crescimento e progresso, mas nenhuma ruptura. Aquilo que para as gerações anteriores era sagrado, permanece sagrado e grande também para nós, e não pode ser de improviso totalmente proibido ou mesmo prejudicial. Faz-nos bem a todos conservar as riquezas que foram crescendo na fé e na oração da Igreja, dando-lhes o justo lugar» (cf. Papa Bento XVI, Carta ao Bispos que acompanha o Motu Proprio Summorum Pontificum, sobre o uso da Liturgia Romana anterior à reforma realizada em 1970).
Maria Guarini
1 Comentários
Eis um Bispo intrépido e corajoso:
ResponderEliminarhttps://www.acidigital.com/noticias/bispo-proibe-comunhao-a-congressistas-pro-aborto-nos-estados-unidos-72179
«Tudo me é permitido, mas nem tudo é conveniente» (cf. 1Cor 6, 12).
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