Nos
tempos em que vivemos, o mundo laico, herdeiro do Iluminismo, do racionalismo e
da difusão do ateísmo, tende a afastar os homens da fé, especialmente na velha
Europa, em países como a Itália, a Espanha, a França, a Áustria, a Irlanda e
assim por diante, onde a fé vai enfraquecendo. O homem de todas as épocas
percebe a insuficiência das coisas humanas e, por isso, precisa de Deus; mas, no
momento em que está afastado de Deus, busca outro ponto de apoio, sendo então
lançado para a superstição, para o espiritismo, para as seitas satânicas e, em
geral, para tudo o que definimos como ocultismo. Ao longo da história, tem sido
quase matemático que, quando a fé se cala, aumenta a superstição. Parece que é
precisamente o mundo laico que, privado de pontos de referência, se aproxima da
magia, do oculto, das mais diversas formas de religiosidade ou até directamente
do próprio Demónio. Mas o problema de fundo continua a ser o baixíssimo nível
de fé neste período histórico. Frequentemente, quando o homem abandona a fé,
lança-se no mundo do ocultismo, um mundo perigoso para a psique humana não
somente porque numerosas perturbações psíquicas dependem exactamente da
frequência deste tipo de práticas, mas também porque pode abrir a porta a males
de carácter maléfico. Portanto, nos nossos dias, Satanás não tem mais poder,
nem maior poder; o homem é que simplesmente, com essas suas atitudes de
aproximação do oculto, dá maior espaço ao Demónio do que no passado.
P. Gabriele Amorth, in Vade Retro, Satanás!
P. Gabriele Amorth, in Vade Retro, Satanás!
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«Tudo me é permitido, mas nem tudo é conveniente» (cf. 1Cor 6, 12).
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