Francisco, Francisco...



“O pluralismo e diversidade de religião, cor, sexo, raça e linguagem são expressões de uma sábia vontade divina, com a qual Deus criou os seres humanos”, diz o documento assinado por Francisco e pelo “Grande Imã de Al-Aazhar” Ahmad Al-Tayyeb.     

O Papa Pio XI, a 6 de Janeiro de 1928, com a sua Mortalium Animos, responde a esta heresia: “Talvez jamais numa outra época os espíritos dos mortais foram tomados por um tão grande desejo daquela fraterna amizade, pela qual em razão da unidade e identidade de natureza – somos estreitados e unidos entre nós, amizade esta que deve ser robustecida e orientada para o bem comum da sociedade humana, quanto vemos ter acontecido nestes nossos tempos.         

Pois, embora as nações ainda não usufruam plenamente dos benefícios da paz, antes, pelo contrário, em alguns lugares, antigas e novas discórdias vão explodindo em sedições e em conflitos civis; como não é possível, entretanto, que as muitas controvérsias sobre a tranquilidade e a prosperidade dos povos sejam resolvidas sem que exista a concórdia quanto à acção e às obras dos que governam as Cidades e administram os seus negócios; compreende-se facilmente (tanto mais que já ninguém discorda da unidade do género humano) porque, estimulados por esta irmandade universal, também muitos desejam que os vários povos cada dia se unam mais estreitamente. 

Entretanto, alguns lutam por realizar coisa não dissemelhante quanto à ordenação da Lei Nova trazida por Cristo, Nosso Senhor. Pois, tendo como certo que rarissimamente se encontram homens privados de todo o sentimento religioso, por isto, parece, passaram a ter a esperança de que, sem dificuldade, ocorrerá que os povos, embora cada um sustente sentença diferente sobre as coisas divinas, concordarão fraternalmente na profissão de algumas doutrinas como que num fundamento comum da vida espiritual. Por isso, costumam realizar por si mesmos convenções, assembleias e pregações, com não medíocre frequência de ouvintes e para elas convocam, para debates, promiscuamente, a todos: pagãos de todas as espécies, fiéis de Cristo, os que infelizmente se afastaram de Cristo e os que obstinada e pertinazmente contradizem a Sua natureza divina e a Sua missão.                 

Sem dúvida, estes esforços não podem, de nenhum modo, ser aprovados pelos católicos, porque se fundamentam na falsa opinião dos que julgam que quaisquer religiões são, mais ou menos, boas e louváveis, pois, embora não de uma única maneira, alargam e significam de modo igual aquele sentido ingénito e nativo em nós, pelo qual somos levados para Deus e reconhecemos obsequiosamente o Seu império.    

Erram e estão enganados, portanto, os que possuem esta opinião: pervertendo o conceito da verdadeira religião, eles repudiam-na e gradualmente inclinam-se para o chamado Naturalismo e para o Ateísmo. Daí segue-se claramente que quem concorda com os que pensam e empreendem tais coisas afasta-se inteiramente da religião divinamente revelada
”.       

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