São seis as coisas que se
devem meditar na Paixão de Cristo: A grandeza das Suas dores, para nos
compadecermos delas. A gravidade do nosso pecado, que é a sua causa, para o
detestarmos. A grandeza do benefício, para agradecer. A excelência da Divina
bondade e caridade, que se descobre nela, para amá-la. A conveniência do mistério,
para se maravilhar dele. E a multidão das virtudes de Cristo, que resplandecem
nela, para imitá-las. De acordo com isto, quando vamos meditando, devemos ir
inclinando o nosso coração, umas vezes compadecendo-nos das dores de Cristo,
pois foram as maiores do mundo, quer pela delicadeza do Seu Corpo, quer pela
grandeza do Seu Amor, como também por padecer sem nenhuma forma de consolação,
como está dito noutra parte.Umas vezes, devemos ter em atenção o tirar desta
motivos de dor pelos nossos pecados, considerando que foram a causa para que
Ele padecesse tantas e tão graves dores como padeceu. Outras vezes, devemos
tirar dela motivos de amor e agradecimento, considerando a grandeza do Amor que
Ele, através dela, nos manifestou e a grandeza do benefício que nos fez,
redimindo-nos tão copiosamente, com tanto suor da Sua parte e tanto proveito
para
nós.
S. Pedro de Alcântara
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«Tudo me é permitido, mas nem tudo é conveniente» (cf. 1Cor 6, 12).
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