A missão, que nos foi divinamente
confiada, de apascentar o rebanho do Senhor, entre os principais deveres
impostos por Cristo, conta o de guardar com todo o desvelo o depósito da fé
transmitida aos Santos, repudiando as profanas novidades de palavras e as
oposições de uma ciência enganadora. E, na verdade, esta providência do Supremo
Pastor foi em todo o tempo necessária à Igreja Católica; porquanto, devido ao
inimigo do género humano nunca faltaram homens de perverso dizer (Act 20, 30),
vaníloquos e sedutores (Tit 1, 10),
que caídos eles em erro arrastam os mais ao erro (2 Tim 3, 13).
Contudo, há mister confessar que nestes últimos tempos cresceu sobremaneira o
número dos inimigos da Cruz de Cristo, os quais, com artifícios de todo ardilosos,
se esforçam por baldar a virtude vivificante da Igreja e solapar pelos
alicerces, se dado lhes fosse, o mesmo reino de Jesus Cristo. Por isto já não
Nos é lícito calar para não parecer faltarmos ao Nosso santíssimo dever, e para
que se Nos não acuse de descuido de nossa obrigação, a benignidade de que, na
esperança de melhores disposições, até agora usamos.
S. Pio X, in Carta Encíclica Pascendi Dominici Gregis
S. Pio X, in Carta Encíclica Pascendi Dominici Gregis
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«Tudo me é permitido, mas nem tudo é conveniente» (cf. 1Cor 6, 12).
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